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Anunciado Novo Presidente da Wizards of the Coast

Em meados de Abril, Cynthia Williams, até então CEO do departamento de jogos digitais da Hasbro e também presidente da Wizards of the Coast (hoje uma das subsidiárias da Hasbro) avisou que deixaria o cargo no final daquele mês, após dois anos na função (conforme você pode ler aqui).

Hoje, pouco mais de dois meses após a renúncia, a Hasbro anunciou em um press release (que você pode ver aqui), John Hight como o substituto de Cynthia na cadeira de presidente da Wizards of the Coast e também do departamento de jogos digitais da Hasbro, assumindo exatamente a cadeira ocupada por ela até final de Abril.

Para aqueles não familiares com a Wizards of the Coast, ela é a empresa detentora de toda a franquia de Dungeons & Dragons, um dos mais conhecidos sistemas de RPG do mundo, bem como de Magic: The Gathering, o jogo de Richard Garfield que criou o gênero de cartas colecionáveis e se mantém firme como um dos mais populares jogos deste estilo mesmo décadas após sua criação.

John High foi tirado de 12 anos de trabalho na Blizzard Entertainment, chegando ao cargo de vice presidente sênior para a companhia e trabalhando em diversos títulos digitais conhecidos, como Diablo III e World of Warcraft, o que, segundo o comunicado da Hasbro, marca um grande passo no foco estratégico da Hasbro em experiências digitais e vídeo games.

O press release possui uma citação de Chris Cocks, que já esteve nesta mesma posição anteriormente e deu lugar à Cynthia quando foi assumir o cargo de CEO da Hasbro:

Admiro o fato de a carreira de John se centrar na promoção da comunidade. Ele é uma verdadeira personificação da nossa missão de unir as pessoas através do jogo. O amor de John por D&D e Magic: The Gathering, combinado com a sua liderança em vídeo games, será crucial à medida que expandimos as nossas ofertas digitais para oferecer o que os nossos fãs desejam.

Embora ele se torne também o responsável pela parte não digital da Wizards, tanto o comunicado quanto a citação de Chris aparentam mostrar que a prioridade deve deverá ser a parte digital do cargo, o que pode não ser uma boa notícia para quem gosta justamente desta parte da WotC, a qual tem acumulado problemas recentemente, mesmo com números de lucratividade excepcionais perto dos números apresentados pela Hasbro (veja aqui).

Ano passado, somente para lembrar, a Wizards sofreu com o famoso caso da OGL (veja aqui, aqui e aqui), no qual a empresa tentou faturar através de uma alteração na sua licença de jogos abertos, gerando uma onda de revolta na comunidade até a revisão desta política.

E especificamente para os brasileiros, no início deste ano, a Wizards ainda anunciou o fim do suporte e publicação tanto de D&D quando de Magic em português (veja aqui), após ela mesma ter retirado a franquia D&D das mãos da Galápagos, que vinha publicando material inclusive impresso no Brasil, com uma certa regularidade.