Quem cresceu nos anos 90 dificilmente nunca ouviu falar de Magic: The Gathering, o jogo de Richard Garfield, publicado pela Wizards of the Coast e que praticamente definiu o que hoje é conhecido como CCG (Collectible Card Game ou Jogo de Cartas Colecionável).
Basicamente ele é um jogo de cartas no qual você, ao comprar um baralho inicial, nunca tem certeza de quais cartas irá receber. Devido a isto, você sempre irá querer comprar boosters (pacotinhos contendo algumas cartas aleatórias) para que você consiga ir colecionando cartas como em um álbum de figurinhas e, com isto, montando um baralho customizado somente seu.
Mas uma das coisas que deixou o sistema de CCG extremamente interessante foi que as cartas tem uma ordem de raridade. As cartas raras da edição Alpha e Beta (as duas primeiras impressões de Magic) tiveram tiragem de apenas 1100 cópias em cada edição, o que faz com que colecionadores corram atrás delas.
E no meio delas está a Black Lotus, que, além de rara, está cercada de um misticismo devido a ter sido utilizada em alguns campeonatos para dar acesso a 4 manas (energia necessária para jogar as cartas) já na primeira rodada da partida, o que, em situações normais, você só teria acesso na quarta rodada, permitindo uma forma de ganhar uma partida antes mesmo que seu oponente tenha jogado (o que acabou banindo ela de campeonatos).
Junte a isto o fato de existirem muito poucas sendo negociadas e você tem um preço extremamente inflacionado delas. Para ter uma ideia, a dois anos atrás, eu anunciei na nossa página no Facebook que uma tinha sido vendida a cerca de US$87.000 (antes do site existir). Mas esta, agora, chegou a mais de US$500.000!
O que levou a este preço? Acontece que esta em especial não é apenas rara, mas também tem um autógrafo de Christopher Rush, um dos artistas da primeira leva de cartas, falecido em 2016, no case que protege a carta, o que faz com que seja realmente uma carta única!