Wingspan é um jogo de extremo sucesso, criado por Elizabeth Hargrave, que eu já tive o prazer de entrevistar (veja aqui), publicado pela Stonemaier Games e, 2019 e, logo em seguida, no Brasil pela Ludofy e mantido aqui pela Grok, o qual coloca o jogador como um observador de pássaros, um dos hobbies da autora, tentando documentar a presença de diversas espécies e seus hábitos, em um jogo de construção de máquina não apenas divertido para toda a família, mas também com ilustrações fabulosas de, entre outros artistas, Natalia Rojas.
E o sucesso, como é costumeiro no mundo dos jogos de tabuleiro, traz expansões. No caso de Wingspan foram, até o momento, três, trazendo pássaros da Europa, Oceania e Ásia, junto com novos mecanismos e formas de jogar.
Mas como aconteceu com Ticket to Ride, o apelo deste jogo possui um potencial muito maior, podendo ser explorado na forma de outros jogos com mecanismos similares, como foi o caso de Wyrmspan, lançado em 2024, que levada os jogadores a observarem não mais pássaros, mas dragões.
Wyrmspan foi um tremendo sucesso, provando o potencial da franquia e de novas criações, o que acaba de ser explorado novamente com Finspan, um Wingspan aquático, de autoria de David Gordon (Monkey Palace – Galápagos) e Michael O’Connell (que atuou como desenvolvedor em diversos projetos para a Stonemaier, entre eles, Expeditions – Galápagos), com consultoria de Elizabeth Hargrave, que já possui, inclusive, uma versão em português anunciada pela Grok.
De acordo com a autora original, Elizabeth:
Os peixes têm sido um pedido surpreendentemente comum dos fãs de Wingspan, mas eu achava que não tinha conhecimento suficiente para fazer justiça a eles. Por isto estou encantada com o fato de outra pessoa estar disponível para assumir esta tarefa. Assim como fiz com Wyrmspan, joguei o jogo e dei minha opinião em diversos pontos importantes do processo de desenvolvimento. Tem sido um quebra-cabeça muito interessante ajudar a criar jogos que parecem ser da mesma família de Wingspan, ao mesmo tempo em que proporcionam uma experiência de jogo diferenciada.
Alguns dos fãs de Wingspan devem saber que eu estava em viagem com a Earthwatch, marcando tubarões e arraias em Belize quando o Wingspan original foi colocado à venda em 2019. Os biólogos marinhos daquela viagem se tornaram jogadores de Wingspan e eu pude visitá-los e testar Finspan com eles no ano passado. É uma conexão super divertida entre os dois jogos. Só espero que Finspan inspire as pessoas a se conectarem com o mundo marinho e com a conservação da mesma forma que Wingspan tornou mais pessoas observadoras de pássaros.
A cada turno deste novo jogo, você fará um mergulho, colocando cartas de espécies, descobrindo ovas e novos cardumes, em uma criação de máquina, com mecanismos tanto familiares como novos para os conhecedores de Wingspan.
Para aqueles que querem se aventurar antecipadamente no jogo, que deve chegar nas prateleiras muito em breve, o manual já está disponível no site da Stonemaier.