Love Letter, o jogo que ensinamos hoje, é um jogo de cartas de Seiji Kanai, originalmente publicado pela Kanai Factory e que a Galápagos Jogos publica atualmente no Brasil, em sua segunda edição.
A história de Love Letter é bastante interessante: como quase todos os jogos de Seiji Kanai, ele possui poucas cartas mas uma jogabilidade muito interessante. Você está apaixonado pela princesa e quer que uma carta chegue até ela, mas, claro, você não pode entregar a carta pessoalmente, então terá que conseguir ajuda dos funcionários do palácio.
Cada carta representa um funcionário e aquele que conseguir terminar o jogo com a carta de maior valor teve sua carta entregue. Para isto, tudo o que tem que fazer durante sua jogada é comprar uma carta e, das duas que agora você possui, jogar uma carta e realizar o efeito dela.
Cada carta possui um efeito diferente, o que torna as decisões, mesmo com poucas opções a cada jogada, muito interessante. Além disto, como o jogo é muito rápido, você conseguirá jogar diversas partidas seguidas, sem diminuir a diversão.
Após seu lançamento, em 2012, a Alderac viu o potencial e resolveu licenciar o produto para praticamente todo o resto do mundo, através de uma arte nova, muito mais ocidental do que a arte original da Kanai. Mas não apenas a arte era nova: junto com a arte, as regras também foram alteradas. O Ministro original era uma carta muito arriscada, que poderia levar muito facilmente o jogador que a tinha a ser eliminado, e a AEG resolveu “amaciar” esta regra (esta não foi a única diferença, mas foi a principal).
Este jogo tornou-se muito popular no mundo todo e chegou a ser publicado pela Galápagos no Brasil, tendo diversos spinn-offs derivados dele, até que em 2018 terminou a licença da AEG e um novo detentor do jogo para o mundo ocidental entrou em cena: Z-Man Games.
Com a nova detentora, um novo capítulo chega ao jogo e, mais uma vez, com mais mudanças nas regras e no conteúdo. Uma nova empresa pede uma nova arte e o jogo, agora, ganhou uma arte mais “politicamente inclusiva” (embora, na minha opinião, visivelmente inferior que da edição AEG).
Quanto as regras, a principal mudança é que a Z-Man aumentou a quantidade máxima de jogadores de 4 para 6, através da inclusão de dois novos personagens, além de suavizar mais uma vez as regras ao permitir que até dois jogadores por rodada consigam ganhar influência, que são os pontos do jogo.
É justamente esta versão que a Galápagos está novamente trazendo ao mercado Brasileiro e, a boa notícia é que, com ela, você consegue jogar as três versões, simplesmente conhecendo as regras de cada uma, que é exatamente o que ensinamos em nosso vídeo.