Ontem eu assistia um episódio de Supergirl, seriado atualmente da CW, quando vi uma cena interessante: a garota de aço e seus colegas estavam jogando Catan, o clássico jogo de tabuleiro de 1995 que ganhou o Spiel des Jahres (jogo do ano) daquele ano e praticamente é o jogo que tornou os eurogames conhecidos ao redor do globo.
Que os jogos de tabuleiro cada vez mais estão inseridos na cultura pop é um fato inegável, mas é interessante vê-lós em locais inesperados e fora do eixo need/geek (por exemplo, eu espero ver conteúdo deste tipo em The Big Bang Theory).
A única pena para mim é ver que a produção não fez uma pesquisa correta do jogo e errou em pelo menos dois pontos. Ela preparou o jogo com vilas e cidades (teoricamente deveriam ser apenas vilas) e ela colocou o jogador vermelho com 2 cidades e 1 vila em locais desconexos, o que não seria possível pelas regras do jogo (a menos que Catan em Krypton seja jogado diferente… hahahahahaha).
Para quem não conhece, Catan é um jogo de Klaus Teuber, um autor atualmente em tempo integral (que anteriormente era um prostético) e que, graças a este jogo, criou a Catan GmbH, uma empresa cujo propósito é gerir a propriedade intelectual de seu jogo e de suas inúmeras expansões, nas quais você é um colono em uma ilha (tanto que originalmente o jogo chama-se Die Siedler von Catan, ou Os Colonos de Catan, e teve seu nome simplificado por motivos de marketing internacional) tentando criar a mais próspera civilização.
No Brasil a história de Catan é conturbada. Inicialmente ele foi importado pela Devir e, após algum tempo, publicado pela Grow, originalmente como Colonizadores de Catan (se bem me lembro). Seguindo uma padronização mundial, o jogo foi republicado pela Grow como Catan e este ano ele passou a ser trazido novamente para o mercado pela Devir.