Na última quarta feira a Awaken Realms anunciou uma futura campanha de financiamento coletivo para uma edição de luxo de Puerto Rico, o clássico de Andreas Seyfarth publicado pela Alea, subsidiária de jogos avançados da Ravensburger em 2002, similar ao realizado pela empresa com Burgundy.
Mas logo após o anúncio da campanha, diversos usuários observaram o uso de inteligência artificial na criação das imagens promocionais para o financiamento, como pode ser visto no exemplo a seguir.
Após o uso de IA ser detectado, a detentoras dos direitos do jogo, a Ravensburger, entrou em contato com a Awaken Reals solicitando a remoção deste conteúdo e reforçando que imagens provenientes de IA não poderão ser usadas em nenhum ponto do desenvolvimento desta versão de Puerto Rico.
Em entrevista ao BoardGameWire, o CEO da Awaken Realms, Marcin Świerkot, disse que não existirá arte proveniente de IA na versão final de Puerto Rico, porém não respondeu a respeito da arte mostrada nos teasers e prévias da campanha (veja aqui).
Imagens geradas por IA tem sido uma grande controvérsia no mundo dos BGs, pelo modo como a arte de diversos artistas tem sido usada para treinar os modelos, sem o correspondente pagamento para os artistas originais.
O uso de IA tem sido largamente criticado no mundo dos jogos de tabuleiro, muito embora jogos com uso de IA já obtiveram financiamentos coletivos muito bem sucedidos (como o caso dos novos jogos de Terraforming Mars) e tiveram participação até mesmo no material publicitário da SPIEL, a maior feira de jogos de tabuleiro do mundo.
Puerto Rico é um jogo clássico que já foi publicado no Brasil pela Grow mas, infelizmente, a muitos anos está esgotado e sem nenhuma informação sobre qualquer nova edição.
