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Kickstarter e Blockchain

Em uma publicação feita ontem dentro da plataforma do Kickstarter, o mais conhecido site de financiamento coletivo do mundo, intitulada “The Future of Crowdfunding Creative Projects” (que você pode ler na integra aqui), o fundador da plataforma, Perry Chen, e o CEO, Aziz Hasan, anunciaram que existem planos mudar a plataforma atual para uma base de Blockchain, baseada em código aberto. Segundo o post, a base será a blockchain Celo e os planos são a migração do KS para esta nova plataforma em 2023.

Os blockchains são, talvez, mais conhecidos como a base por trás das criptomoedas, bem como dos NFTs (non-fungible tokens), ambos baseados no conceito de um “livro-controle” no qual todas as informações de transações estão publicamente acessíveis em uma “corrente de blocos” acessível de forma segura, de modo a ser virtualmente impossível de replicar, fraudar ou hackear.

Infelizmente, os blockchains tem se envolvido em diversas controvérsias nos últimos anos, desde a possibilidade de lavagem de dinheiro até a utilização dos NFTs de forma indevida, gerando dinheiro não para o dono de determinada arte digital, mas para aquele que criou o “token” dela.

Mas a maior crítica às blockchains tem sido seu impacto ambiental, causado pela utilização maciça de energia na “mineração” dos blocos. Segundo o New York Times, o consumo de energia utilizado para mineração de Bitcoin, hoje, ultrapassa 7 vezes o consumo de energia de todas as operações do Google (fonte), gerando um grande problema ambiental.

Mesmo que, segundo a Celo, a blockchain usada é neutra em termos de carbono, mas a verdade é que esta cadeia só é “neutra” porque eles apoiam diversas organizações ambientais, ou seja, na prática, o impacto ambiental ainda existe e dificilmente pode ser ignorado com apoio a organizações ambientais, como mostra uma sequência de posts de Jeeyon Shim.

Imediatamente após o anúncio, diversos criadores de conteúdo e autores de jogos já anunciaram que são contra este movimento e que não mais irão utilizar a plataforma, como, por exemplo Matt Leacock (Pandemic) e Elizabeth Hargrave (Wingspan).

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